brir porta de avião em voo é extremamente difícil e ilegal: conheça casos famosos

Abrir porta de avião em voo é extremamente difícil e ilegal: conheça casos famosos

A ação de abrir a porta ou a saída de emergência de um avião durante um voo é uma tarefa praticamente impossível de ser realizada. No entanto, ainda há registros de pessoas que tentaram realizar essa ação, resultando em consequências graves. Recentemente, um caso ocorreu na Coreia do Sul, chamando atenção para esse perigo iminente. Vamos entender por que é tão difícil abrir uma porta de avião em voo e conhecer outros incidentes famosos.

A diferença de pressão impede a abertura

A principal razão pela qual abrir a porta de um avião em voo é quase impossível está relacionada à diferença de pressão entre o interior e o exterior da aeronave. À medida que o avião sobe, o ar se torna mais rarefeito, o que significa que a concentração de oxigênio diminui, tornando a respiração mais difícil.

Para lidar com esse desafio, os aviões controlam a pressão interna para criar uma atmosfera semelhante à encontrada em altitudes entre 1,8 km e 2,4 km acima do nível do mar. No entanto, eles podem voar a altitudes superiores a 12 km. Isso significa que a pressão dentro do avião é maior do que a pressão atmosférica externa. Essa diferença de pressão impede a abertura da porta durante o voo.

Avião: uma panela de pressão

Uma maneira simples de entender a impossibilidade de abrir uma porta de avião em voo é compará-la a uma panela de pressão. Assim como na panela, a porta e a saída de emergência do avião são projetadas para permanecerem travadas devido à pressão interna. Embora seja possível destravar a tampa de uma panela de pressão, a pressão interna mantém a tampa no lugar, impedindo sua abertura. No caso dos aviões, a porta e a saída de emergência devem ser puxadas para dentro antes de serem abertas, exigindo uma força enorme para superar a diferença de pressão.

Mesmo que alguém conseguisse vencer essa dificuldade, as portas contam com sistemas de segurança adicionais para impedir a abertura durante o voo. No entanto, em situações em que o avião está próximo ao solo e a diferença de pressão é mínima, como no incidente recente na Coreia do Sul, pode haver uma abertura inesperada da saída de emergência. Felizmente, ninguém ficou gravemente ferido nesse incidente específico.

Vale ressaltar que a impossibilidade de abrir as portas em voo se aplica principalmente a aviões comerciais de grande porte. Aviões de pequeno porte, que voam a baixas altitudes e não são pressurizados, podem ter portas que funcionam de maneira diferente.

Relembrando outros casos de tentativa de abertura de portas em voo

Apesar de ser extremamente desafiador, alguns passage

iros já tentaram abrir as portas de aviões em pleno voo, resultando em situações perigosas. Abaixo estão alguns exemplos famosos:

Caso da United Airlines (EUA)

Em março, um passageiro em um voo da United Airlines nos Estados Unidos tentou abrir a saída de emergência e atacar os comissários de bordo. Ele tinha a intenção de abrir a porta e pular da aeronave, mas foi impedido pelos tripulantes que ativaram um alarme e travaram novamente a porta de emergência.

Caso da XL Airways (França)

Em 2008, durante um voo da extinta companhia aérea francesa XL Airways, duas passageiras britânicas embriagadas tentaram abrir a porta do avião. Elas foram contidas por agentes de segurança até que o avião fizesse um pouso de emergência.

Caso de Nova York (EUA)

No ano passado, em Nova York, uma mulher conseguiu abrir a porta de um avião antes da decolagem, inflando a escorregadeira de emergência. Ela fugiu pelo aeroporto, mas foi capturada pela polícia.

Caso nos EUA

Em dezembro do ano passado, também nos Estados Unidos, uma passageira afirmou que Jesus havia instruído-a a abrir a porta do avião durante o voo. Felizmente, ela foi contida e presa assim que a aeronave pousou.

Esses incidentes representam ameaças graves à segurança dos voos e são considerados crimes passíveis de punição. No Brasil, atentar contra a segurança do transporte aéreo pode resultar em pena de reclusão de 2 a 5 anos.