A rotina de trabalho em companhias aéreas pode ser desgastante, especialmente para os profissionais que atuam diretamente no voo, como comandantes, copilotos e comissários de bordo. O sono é um fator crucial para a segurança dos passageiros e da tripulação, mas muitos desses profissionais enfrentam dificuldades para descansar adequadamente.
A pesquisa realizada pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas
Uma pesquisa realizada pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) revelou que aproximadamente 90% dos comandantes, copilotos e comissários já dormiram involuntariamente durante o período de trabalho em companhias aéreas. O estudo foi realizado com mais de 4 mil tripulantes e identificou que cerca de 58% dos entrevistados alegaram que o sono durou poucos segundos, enquanto 32% afirmaram que dormiram por alguns minutos durante os voos.
O excesso de trabalho após a pandemia
A principal razão para esse descuido seria o excesso de trabalho dos tripulantes após o período de pandemia. Segundo a pesquisa, 87% dos aeronautas se sentem mais fadigados hoje do que em 2019. A pandemia de Covid-19 teve um grande impacto no setor de aviação, com muitas companhias aéreas reduzindo as operações e demitindo funcionários. Com a retomada das atividades, muitos tripulantes ficaram sobrecarregados com as tarefas acumuladas, resultando em jornadas de trabalho mais longas e em horários irregulares.
Os riscos da fadiga para a segurança de voo
A fadiga é um problema sério para a segurança de voo, pois afeta a capacidade cognitiva, a atenção e a tomada de decisão dos profissionais. Além disso, a privação do sono pode levar a erros de julgamento e atrasos nas respostas, o que pode comprometer a segurança dos passageiros e da tripulação.