Por que Empresas Estrangeiras Não Operam Voos de Baixo Custo no Brasil

Por que Empresas Estrangeiras Não Operam Voos de Baixo Custo no Brasil?


Desafios no Mercado Aéreo Brasileiro

A alta demanda de processos judiciais seria o principal motivo que leva empresas estrangeiras que trabalham com voos de baixo custo a não operar no Brasil.

O governo brasileiro trabalha desde o início do ano com o intuito de incentivar mais brasileiros a usar o transporte aéreo, inclusive com estratégias que possam envolver empresas de baixo custo — as conhecidas “low cost.” Além disso, está em fase de teste o Programa Voa Brasil, cujo objetivo é tornar as viagens aéreas mais acessíveis por meio de tarifas mais baixas.

Desafios Legais

No entanto, ganhou destaque nos últimos dias o caso da empresa argentina Flybondi, que chegou a conversar com o diretor da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Ricardo Catanant, e com o secretário nacional de Aviação Civil do Ministério de Portos e Aeroportos (MPor), Juliano Noman, para mostrar interesse em operar voos domésticos no Brasil. Contudo, as negociações cessaram devido ao alto número de processos judiciais por danos morais.

Segundo Ricardo Fenelon Jr., ex-diretor da Anac e sócio do Fenelon, Barretto e Rost Advogados, o custo afasta não apenas essa empresa, mas diversas outras.

Falta de Companhias de Baixo Custo

O Brasil não conta com companhias aéreas que ofereçam tarifas de baixo custo em voos domésticos, como em outros países. As empresas que operam no mercado doméstico brasileiro não disponibilizam preços acessíveis fora das promoções, embora tenham algumas características das empresas low cost.

Desafios para Atrair Investidores

Apesar de ser considerado um mercado importante e com grande potencial, o Brasil não consegue atrair empresas internacionais, e Fenelon mostra o principal motivo: “Já venho dizendo há muito tempo que a aviação brasileira precisa de um olhar sistêmico para entender por que nenhum investidor internacional quer vir para o Brasil”, conclui.