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Recorrência da Promotoria de Paris contra absolvição de Airbus e Air France na queda do voo que causou 228 mortes em 2009

A decisão afirmou que não dá para provar que as falhas das empresas causaram o acidente.

Decisão judicial absolve Airbus e Air France de acidente com voo AF447 Rio-Paris em 2009. Saiba mais sobre a decisão que considerou que as “falhas” das empresas não têm relação de causalidade com o acidente que matou 228 pessoas. Entenda por que o Ministério Público de Paris entrou com recurso e quais as possíveis consequências desse novo desenvolvimento. Leia agora mesmo em nosso site de notícias.

No dia 27 de abril, o Ministério Público de Paris, na França, anunciou que entrou com recurso contra a decisão judicial que absolveu a fabricante europeia de aviões Airbus e a Air France por “homicídio involuntário” no caso do acidente com o voo AF447 Rio-Paris em 2009. O acidente resultou na morte de 228 pessoas.

A decisão da Justiça francesa, anunciada em 17 de abril, absolveu as duas companhias por considerar que, embora tenham cometido “falhas”, não foi possível estabelecer uma “relação de causalidade” segura com o acidente. De acordo com a Justiça, não há evidências de que um problema técnico do avião tenha provocado a queda da aeronave, que caiu sobre o Oceano Atlântico após passar por uma turbulência severa.

O Ministério Público de Paris recorreu da decisão, e o caso deve ser reaberto. As implicações desse novo desenvolvimento ainda são incertas, mas a ação do Ministério Público indica que as investigações sobre a queda do voo AF447 ainda estão em andamento e que há uma possibilidade de que as companhias aéreas possam ser responsabilizadas pelo acidente.

 

Investigação do acidente

Desde o acidente, comitês têm tentado descobrir o motivo da queda. Em 2011, investigadores franceses acreditavam que os pilotos responderam inadequadamente a um problema nos sensores de velocidade congelados, o que causou a queda do avião.

 

Veredito do tribunal

No entanto, ao anunciar o veredito, o juiz do tribunal criminal de Paris disse que apesar de haver atos de negligência por parte das empresas, não era possível responsabilizá-las pelo desastre.

 

Revolta dos familiares das vítimas após veredito

A decisão deixou os familiares das vítimas revoltados, pois lutaram por 13 anos para que o caso fosse julgado.

 

Falta de provas

A Promotoria da França, que acusou a Airbus e a Air France, também afirmou que não havia provas suficientes para culpá-las, o que aumentou a indignação dos parentes.

 

Solidariedade da Air France

Após o julgamento, a Air France expressou solidariedade aos familiares das vítimas por meio de nota.