A partir de julho, a Infraero, responsável pelos aeroportos brasileiros, planeja reduzir gradualmente o número de voos no Aeroporto Santos Dumont, no Centro do Rio de Janeiro. A medida tem como objetivo equilibrar a operação do aeroporto com o Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão, na Ilha do Governador. O objetivo é evitar transtornos aos passageiros que já adquiriram passagens.
Redução escalonada a partir do segundo semestre
O ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, anunciou que a redução do fluxo de voos no Aeroporto Santos Dumont ocorrerá a partir do segundo semestre deste ano. A Infraero pretende implementar a redução a partir de julho, de forma gradual e planejada.
Objetivo de equilibrar a operação
Com a redução do número de voos no Santos Dumont, a intenção é equilibrar a operação entre o aeroporto do Centro e o Galeão. O Aeroporto Internacional Tom Jobim tem enfrentado uma queda significativa na movimentação de passageiros nos últimos anos, registrando uma diminuição de 65% nesse período. O objetivo é impulsionar o número de voos no Galeão.
Limite de passageiros estabelecido
O ministro Márcio França já havia determinado em abril que a operação no Santos Dumont não ultrapassasse 10 milhões de passageiros em 2023. Agora, a nova meta é não ultrapassar 9 milhões de passageiros por ano. Essa medida visa melhorar a distribuição dos voos entre os dois aeroportos do Rio de Janeiro.
Impactos do desequilíbrio na operação
O desequilíbrio entre o Galeão e o Santos Dumont tem causado prejuízos para o município e o estado do Rio de Janeiro. Enquanto o Galeão vem perdendo passageiros a cada ano, o Santos Dumont opera no limite de sua capacidade, resultando em atrasos, filas extensas e cancelamentos de voos.
Queda no Galeão
O Galeão registrou uma redução significativa na movimentação de passageiros nos últimos anos. Em 2014, o aeroporto teve 17 milhões de passageiros, enquanto em 2022 esse número caiu para 5,9 milhões. A diminuição da demanda afeta a economia do estado.
Problemas no Santos Dumont
Por outro lado, o Santos Dumont, com mais de 10 milhões de passageiros em 2022, enfrenta problemas como filas longas, falta de pontualidade e cancelamentos de voos. Esses contratempos geram prejuízos e desconforto para os passageiros que utilizam o terminal.
Um estudo realizado pela Firjan em 2022 destacou a necessidade de uma melhor distribuição e coordenação de voos domésticos entre o Galeão e o Santos Dumont,
apontando que essa medida poderia injetar R$ 4,5 bilhões anualmente na economia do estado do Rio de Janeiro.