No início de 2024, uma mudança significativa está prevista para o cenário de viagens aéreas no Brasil. A restrição de voos do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, está programada para entrar em vigor. Mas quais serão os impactos dessa decisão? E como isso afetará a operação no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo?
A Restrição Planejada
A partir de 2 de janeiro de 2024, voos que partem e chegam ao Aeroporto Santos Dumont serão restritos a um raio de 400 quilômetros. Isso tem como consequência a exclusão de voos que envolvem o Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. A rota da ponte-aérea Rio-São Paulo via Congonhas permanecerá intacta, porém voos para o Aeroporto do Galeão serão redirecionados.
O Impacto em Congonhas
Em Congonhas, o movimento de passageiros já é considerável. Apenas nos primeiros seis meses deste ano, mais de 10 milhões de passageiros transitaram pelo aeroporto. Essa demanda tende a aumentar com a restrição no Santos Dumont. Atualmente, Congonhas realiza 44 pousos e decolagens por hora, o que significa cerca de 534 voos por dia e aproximadamente 67 mil passageiros circulando.
Encarecimento das Passagens
Com o aumento da demanda e a limitação do número de voos, há uma preocupação com o possível encarecimento das passagens. Como a oferta de serviços diminuirá em um aeroporto, a procura tende a aumentar em outro. Isso pode resultar em um aumento nos preços das passagens aéreas em Congonhas, tornando as viagens mais onerosas para os passageiros.
A Perspectiva das Empresas Aéreas
A Associação Brasileira das Empresas Aéreas destacou que as mudanças envolvem questões operacionais e comerciais de cada empresa. Enquanto a Azul não comentou o assunto, a Latam informou que comunicará as alterações na malha aérea aos clientes. A Gol, por sua vez, já antecipou que ajustará seus voos para o Galeão e o Santos Dumont a partir de outubro.