No último incidente envolvendo um avião seguido por caças nos Estados Unidos, infelizmente, ocorreu a morte de pelo menos quatro pessoas. O Cessna Citation, registrado no nome da Encore Motors de Melbourne, uma empresa com sede na Flórida, foi o protagonista dessa tragédia. De acordo com o New York Times, informações preliminares indicam que a perseguição não foi a causa do acidente.
Detalhes do acidente
A confirmação da morte dos ocupantes foi feita pelo proprietário da aeronave, John Rumpel. Em uma entrevista por telefone ao jornal, ele revelou que sua filha, Adina Azarian, sua neta de dois anos, a babá da criança e o piloto não sobreviveram.
A perseguição dos caças gerou um grande estrondo na capital do país no domingo (4). As autoridades afirmam que o Cessna entrou em um espaço aéreo restrito, o que levantou a necessidade de investigação para entender o que realmente aconteceu. Confira as informações atualizadas:
Jato sobre Washington – Família voltando para casa
De acordo com John Rumpel, sua filha, neta e babá estavam retornando para East Hampton, no estado de Nova York, após passarem quatro dias com ele na Carolina do Norte. A decolagem ocorreu no Aeroporto Municipal de Elizabethton, e o destino era o Aeroporto MacArthur de Long Island. Entretanto, o Cessna desviou para uma área restrita, sobrevoando uma região que abriga importantes instituições nacionais, o que acendeu um alerta por parte das autoridades. A Administração Federal de Aviação tentou entrar em contato com a cabine da aeronave, mas não obteve resposta. Diante disso, os militares lançaram sinalizadores na tentativa de chamar a atenção do piloto. Como não houve resposta, a interceptação foi autorizada, e dois caças F-16 foram enviados de uma base em Maryland. Essa ação gerou um estrondo sônico sobre a capital norte-americana. O jato caiu próximo à Floresta Nacional George Washington. Acredita-se que o avião estava no piloto automático, porém essa hipótese ainda não foi confirmada. As autoridades afirmam que os caças não foram responsáveis pela queda. Segundo relato de Rumpel, o avião teria causado uma cratera no chão, o que levanta questionamentos. As investigações estão em andamento para esclarecer o que realmente ocorreu. Ainda não está claro quando o piloto perdeu contato e nem o motivo de ter entrado em uma área restrita.
Hipótese de hipóxia
De acordo com a CNN, os investigadores estão considerando a possibilidade de o piloto ter sofrido de hipóxia, que é a falta de oxigênio no sangue, levando-o a interromper a comunicação com os controladores de tráfego aéreo. Voar em altitudes elevadas apresenta riscos de hipóxia em caso de despressurização da cabine. O voo estava a uma altitude de 34 mil pés, momento em que os pilotos têm apenas de 30 a 60 segundos para colocarem suas máscaras de oxigênio antes de desmaiar.